Comando nacional do PMDB pressiona candidatos estaduais a abrir espaço para Dilma.
BRASÍLIA — O comando nacional do PMDB está pressionando os candidatos estaduais a manter a aliança em torno da reeleição da presidente Dilma Rousseff.O senador Vital do Rego (PMDB-PB), candidato ao governo da Paraíba, disse nesta quarta-feira que a ordem é que os palanques regionais fortaleçam a aliança nacional. Segundo Vital, a cobrança acontece até mesmo em São Paulo, onde o candidato do PMDB, Paulo Skaf vem resistindo a abrir palanque para Dilma. Nesta quarta-feira, o vice-presidente Michel Temer, que assumiu a presidência do PMDB, mostrou empenho em garantir apoio a Dilma no palanque de Skaf.
— (Skaf) vai participar ( da campanha de Dilma). Evidentemente, há sempre uma palavra de certo respeito pelas circunstâncias do PT lá em São Paulo ter um candidato. Nem ele, nem eu, nem os colegas do PMDB poderão dizer: aqui é tudo da Dilma, não podemos autorizar outro palanque. Temos que respeitar a decisão dela — argumentou Temer, acrescentando:
— Estamos organizando agora em agosto, 23 ou 30, uma grande reunião do PMDB estadual, com todos os prefeitos, vereadores, candidatos. Mais de três mil pessoas, lá em Jales. Com a presença da candidata Dilma, do candidato Temer e do candidato Skaf.
Michel Temer afirmou que a participação de Dilma nos palanques regionais ainda não foi tratada na reunião de ontem com os partidos aliados, mas deverá ser resolvida em breve, talvez já na próxima semana. Ele endossou a tese do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) de que é preciso uma postura de neutralidade de Dilma nos estados onde o PT esteja disputando o governo com outros candidatos da base aliada, como acontece no Rio Grande do Norte.
— É uma boa ideia do Henrique ( Dilma se manter neutra e fazer atos nos quais todos os candidatos da base possam estar presentes, sem ir a palanques estaduais). Muito saudável e salutar. Mas ainda não houve decisão a respeito disso. Nesse momento, eu não poderia avançar além disso. Mas essa matéria virá à luz numa dessas reuniões. Vai depender muito da estratégia da presidente. Há Estados em que ela tem até quatro apoios. Precisa verificar como fazer. No Rio, é o caso de quatro palanques — disse Temer.
Segundo Temer, em estados onde PMDB estiver coligado com partidos adversários da chapa nacional — como é o caso do Espírito Santo com o PMDB coligado com o PSDB, peemedebistas irão se unir para dar palanque para a chapa Dilma — Temer.
— Em Estados em que isso ocorre, como o Espírito Santo, está havendo uma junção de vários peemedebistas que vão dar palanque à nossa chapa. No Rio Grande do Sul, o candidato do PMDB apoia outro candidato. O que vai acontecer? O deputado Padilha está organizando um grande comitê lá que tem o candidato ao governador do PMDB, a candidata Dilma e o candidato Michel, tudo num comitê só. E grande parte do PMDB do Rio Grande do Sul está apoiando exatamente essa chapa. É isso o que está acontecendo nos demais Estados — disse o vice-presidente da República.
Temer afirmou que o PMDB está tendo espaço na organização da campanha à reeleição de Dilma, estará presente nos programas eleitorais, mas ele e a presidente irão viajar mais individualmente, o que permitirá dois pólos de atuação:
— Vou viajar mais individualmente. Amanhã vou a Paraíba, sozinho, na candidatura do senador Vital, mas depois vou ao Rio de Janeiro onde a presidente estará em jantar com prefeitos do PMDB lá em São João do Meriti. Na outra eleição, eu fiz a minha campanha isoladamente. Ia aos comícios comuns. Mas eu ia para um estado, a presidente para outro. Acho que isso vai se repetir, é útil para a campanha. São dois polos de atuação ao mesmo tempo.
— É a política regional que vai fortalecer a política nacional — acrescentou Vital do Rego
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