terça-feira, 15 de julho de 2014

Chefes de estado do Brics devem firmar criação de banco em reunião no CE

Segundo dia do encontro terá reunião de cúpula.
Também é aguardada a definição sobre o local da sede do banco.

Do G1 CE

Os chefes de estado dos países que compõem os Brics (Brasil, Rússia, Índias, China e África do Sul) se reúnem em Fortaleza nesta terça-feira (15) para deliberar a criação de um banco e um fundo financeiro comuns. Às 10h30 desta terça-feira (15), no Centro de Eventos, a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi e, os presidentes da China, Xi Jinping, e África do Sul, Jacob Zuma, participam da primeira sessão de trabalho deste VI encontro de cúpula do bloco.  A sessão é fechada e deve durar cerca de 2 horas. À tarde, haverá assinatura de atos e sessão plenária.  
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, cerca de 3 mil pessoas estão na capital cearense participando do encontro, entre os quais 700 empresários de  602 empresas e 1.500 jornalistas.  A última reunião de cúpula do Brics foi realiza\da em março de 2013, em Durban, na África do Sul.
É prevista para esta terça a definição sobre o país que será sede do organismo. O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do bloco, nos moldes do Banco Mundial, deverá  financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável. Nascerá com capital inicial de US$ 50 bilhões, com cada país contribuindo com US$ 10 bilhões.
Após a assinatura do acordo para criação, a instituição deve levar cerca de dois anos para entrar em funcionamento já que terá que ser aprovada pelo Congresso dos cinco países integrantes.
Nesta segunda-feira (14), primeiro dia do encontro, o presidente do Conselho Empresarial do Brics no Brasil, Rubens De La Rosa defendeu a criação do organismo. “O banco pode permitir a troca direta de moedas, o que iria diminuir custos de transação. Para negociar com a Rússia, em vez de converter o real para dólar, e o dólar para rublo, o banco deve permitir a conversão direta para rublo, economizando custos”, explicou De La Rosa.
Durante a Conferência de Cúpula, também deve ser criado o Arranjo Contingente de Reservas  (CRA, na sigla em inglês) de US$ 100 bilhões, uma linha de defesa adicional para os países do bloco em crise, com cenários de dificuldade de balanço de pagamento ou atingidos por uma fuga de capitais. Para a constituição do Fundo, a China deverá entrar com US$ 41 bilhões; Brasil, Rússia e Índia com US$ 18 bilhões cada; e a África do Sul com US$ 5 bilhões. A assinatura dos atos de criação do banco e do fundo de reservas está prevista para ocorrer no início da tarde desta terça-feira.
Programação
Na quarta-feira (16), os líderes do Brics estarão em Brasília onde se reúnem com os presidentes dos países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Na quinta-feira (17), também na capital federal, ocorre reunião de chefes de Estado e de governo do Brasil, China,  do Quarteto da Comunidade de Estados Latino-Americanos (Celac) - integrado por Costa Rica, Cuba, Equador e um membro da Comunidade do Caribe - dos países da América do Sul e do México.

Países
Os países do Brics, reunidos, estendem-se por cerca de 26% da área terrestre do planeta e abrigam 3,003 bilhões de habitantes, o que representa 42,6% da população mundial. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o peso econômico do Brics é considerável. Em paridade de poder de compra, o PIB dos Brics já supera hoje o dos EUA ou o da União Eropeia.

Depois da realização do encontro em cada um dos cinco países do grupo, a Cúpula de Fortaleza marcará a abertura do segundo ciclo do Brics, com perspectiva de avanços na formalização do bloco, até agora, uma associação informal entre os cinco países em crescimento: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

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