Imperatriz Leopoldinense emociona com desfile inspirado no Pará
Imperatriz Leopoldinense leva dois intérpretes à Sapucaí para mostrar o Pará
SÃO PAULO - Papa título na década de 1990, a Imperatriz Leopoldinense amarga jejum de 12 anos sem conquistas. Para voltar a sorrir, a escola apostou em um enredo vencedor na avenida e em uma novidade ousada em seu desfile nesta madrugada de terça-feira na Sapucaí.
A escola da zona norte carioca, penúltima a desfilar, levou dois intérpretes oficiais para sua apresentação. Os consagrados Dominguinhos do Estácio e Wander Pires foram a voz da agremiação, que falou sobre o Pará.
O fato, inovador, revelou certa guerra de vaidades entre ambos, que deram a impressão de competir para ver qual voz prevalecia. Desde os ensaios isso já vinha acontecendo e a atitude deverá ser repensada para 2014.
No entanto, não foi algo que chegou a atrapalhar a harmonia da escola de Ramos. O que prejudicou a evolução da verde, branco e ouro foi a quinta alegoria, que exalou bastante fumaça em frente aos jurados e, desde o segundo módulo, ficou apagada, a pedido dos bombeiros.
O problema fez o carro parar e foi aberto um enorme buraco. A entrada da bateria do segundo recuo também foi mal feita e outro espaço ficou visível.
O enredo, contudo, foi bem abordado pelo carnavalesco Cahê Rodrigues, estreando pela agremiação de Ramos. As fantasias e alegorias, embora pesadas, estavam bem acabadas. Foi um desfile correto. Em 1998, a Beija-Flor havia quebrado jejum de 13 anos falando sobre o Pará.
O título para a Imperatriz é improvável, já que o desfile não empolgou. O ponto alto foi a bateria do mestre Noca, que beirou a perfeição. A rainha foi a estreante Cris Vianna, que fez bonito em sua primeira vez.
A escola foi a que menos levou componentes para a avenida e a que cruzou mais rápido a Sapucaí. Talvez por isso a Imperatriz tenha demorado quase dez minutos para começar a desfilar, mesmo com o cronômetro ligado.
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