À frente de duas Baterias da Mangueira, Gracyanne Barbosa reina na Sapucaí
SÃO PAULO - A “Surdo Um”, como é conhecida a Bateria da Mangueira, mais uma vez roubou a cena do desfile da verde e rosa. Segunda escola a se apresentar nesta segunda-feira, a tradicional agremiação da zona norte carioca abusou das inovações e foi bem recebida pelo público em seu enredo sobre Cuiabá. Porém, se atrapalhou, atrasou e estourou em seis minutos o tempo limite, perdendo seis décimos.
O principal motivo para o atraso foi o carro abre-alas, que no fim da apresentação pegou fogo e causou o desmaio de alguns componentes. A escola, com isso, ficou dez minutos parada na avenida.
Depois, a última alegoria, que trazia enorme borboleta, não conseguiu cruzar a torre de TV e prejudicou de vez a escola, que fez lindíssimo desfile. Houve nova interrupção, o carro precisou ir para trás e manobrar para conseguir passar. A Mangueira deverá ainda perder décimos nos quesitos conjunto e evolução.
Se isso não ocorresse, o desfile da Mangueira a credenciaria como favoritíssima. A verde e rosa apresentou luxo há muito tempo não visto, graças ao patrocínio de Cuiabá com o enredo. As alegorias e fantasias estavam impecáveis.
Desta vez, o presidente Ivo Meirelles trouxe duas Baterias ao desfile, que vieram divididas apenas pelo carro de som. A que vinha na frente comandava a apresentação, enquanto a segunda passou em silêncio boa parte da avenida.
As trocas só foram feitas em frente aos módulos dos jurados. Não se sabe o que os julgadores irão pensar, mas o público foi ao delírio a cada troca, que foi feita sem problema. A Rainha era a musculosa Gracyanne Barbosa, mulher do cantor Belo.
O que pode pegar é o fato de as duas Baterias serem julgadas com o mesmo peso. Com isso, se houve queda no rendimento nas trocas, a agremiação não irá tirar a sonhada nota 10.
Problema com fogo também atrapalhou um componente da comissão de frente, que fazia homenagem a Delegado, mestre-sala da Mangueira que morreu no ano passado. Sua roupa pegou fogo, que foi rapidamente controlado.
O enredo sobre a capital do Mato Grosso foi bem desenvolvido, apesar do samba que deixou a desejar. O desfile foi feito em cima do trem que os cidadãos de Cuiabá esperam há mais de um século para ligá-los ao restante do país.
Na performance, o trem partiu da Estação Primeira de Mangueira e foi parando para falar a história de Cuiabá. Vieram a busca do ouro, lendas e mistérios, religiosidade, artesanato, culinária, o lado ecológico e, por fim, a escolha para ser sede da Copa 2014.
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