Policiais militares são julgados por massacre do Carandiru em SP
Os jurados, seis homens e uma mulher, se retiraram para uma sala privada onde terão que responder um longo questionário para decidir sobre a responsabilidade de 26 policiais no assassinato de 15 prisioneiros, segundo informou o Tribunal de Justiça de São Paulo.
O veredicto pode ser anunciado nas próximas horas ou dias, dependendo do que durarem as deliberações, e posteriormente o juiz José Augusto Nardy Marzagão divulgará a sentença se forem declarados culpados.
O promotor Fernando Pereira da Silva pediu a absolvição de três réus por entender que não participaram dos assassinatos e, além disso, solicitou que se exima os 23 acusados restantes de dois dos 15 assassinatos que centram esta primeira parte do julgamento.
A advogada de defesa, Ieda Ribeiro de Souza, argumentou que as acusações são 'genéricas' e afirmou que não há provas que incriminem os réus em mortes concretas, por isso que pediu a absolvição de todos.
'No direito penal, a pessoa deve ser julgada pelo que efetivamente fez, não pela conduta de toda a tropa', afirmou a advogada em sua alegação final, segundo informou o Tribunal.
A acusação sustentou que os 79 policiais acusados atiraram naquele 2 de outubro de 1992, e que o fizeram com a 'intenção de matar' os presos, que participavam de um motim.
Os policiais que prestaram depoimento ao tribunal admitiram ter disparado, mas disseram que não puderam certificar se causaram baixas porque o pavilhão da pris
ão estava em 'penumbra'.
Segundo a Promotoria, a situação de baixa luminosidade se contradiz com a pontaria dos agentes, que acertaram 515 tiros no corpo das 111 vítimas fatais, 126 deles na cabeça, segundo números do relatório legista.
Os promotores também denunciaram a destruição de provas e acusaram os policiais de ter colocado na cena do crime 13 armas de fogo, com o objetivo de fingir que os presos estavam armados e justificar o tiroteio.
Ao terminar o turno de réplica, a acusação exibiu dez minutos do filme 'Carandiru', do diretor argentino-brasileiro Héctor Babenco, que trata do massacre.
A Justiça deve processar no total 79 policiais, mas dividiu o processo em quatro fases, dada a grande quantidade de acusados neste caso, pelo qual ainda ninguém cumpriu pena.
O comandante da operação, o coronel Ubiratan Guimarães, morto em 2006, foi condenado em 2001 a 632 anos de prisão e absolvido depois em uma apelação. EFE
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