sexta-feira, 3 de junho de 2011

Palocci nega tráfico de influência e descarta crise

Ministro disse que prestou esclarecimentos sobre patrimônio aos órgãos públicos
Do R7

Em entrevista na noite desta sexta-feira (3), o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, afirmou que assume toda responsabilidade de responder às acusações sobre sua evolução patrimonial. No entanto, Palocci negou que haja uma crise no governo federal e disse que, assim como todos os outros ministros do governo, seu cargo está à disposição da presidente Dilma Rousseff.

- Não há uma crise [no governo]. Há uma questão em relação à minha pessoa. Eu assumo a responsabilidade. Isso é uma coisa que cabe a mim, não ao governo. É uma questão dirigida a minha pessoa, com forte intensidade, forte conteúdo político.

Palocci disse que apresentou todas as explicações sobre sua evolução patrimonial aos órgãos competentes do governo. Palocci negou ter atuado em setores da economia que possam ser beneficiados pelo governo federal e disse que não praticou tráfico de influência.

O ministro afirmou que sua consultoria não beneficiou empresas com contratos com o governo federal.

- Não há coisa mais difícil que provar o que você não fez. Eu não fiz tráfico de influência, não fiz atuação junto a empresas públicas representando empresas privadas. Como eu provo isso? Tem que existir boa fé nas pessoas. Por isso que a lei diz que, quando há uma acusação, isso precisa estar acompanhado de provas.


Questionado se acha que tem condições de continuar no governo, Palocci disse que seu cargo, e de todos os outros ministros, está à disposição de Dilma.

- A presidente Dilma tem o meu cargo e de todos os ministros. Não chegamos a conversar sobre esse assunto. Não é isso que me prende ao governo. Tudo o que eu fiz na iniciativa privada eu prestei contas, estou muito tranquilo e seguro. Ao falar sobre o faturamento de sua consultoria, Palocci explicou que, em 2010, encerrou a atividade da empresa e, por isso, recebeu pagamentos que estavam em aberto. No entanto, o ministro afirmou que não vai expor a lista de clientes. Segundo ele, a consultoria trabalhava para empresas do setor da indústria, serviços financeiros, mercado de capitais, bancos e fundos de mercados de capitais e empresas de serviços em geral.
- Encerrei as atividades [da consultoria] em dezembro [de 2010]. Todos os contratos foram encerrados em dezembro. [Contratos de anos] foram quitados naquele momento. Por isso existe um volume grande no mês. Agora a empresa não tem mais nenhuma arrecadação, nenhum valor.
O ministro disse que os dados sobre sua empresa não são secretos e que todas as informações legais foram passadas à Receita Federal e à CGU (Controladoria-Geral da União) que, segundo ele, não encontraram irregularidades.
- A informação será dada aos órgãos de controle. Nenhuma informação da minha empresa é secreta. Não estou dizendo que não darei informações, todas as informações estão nos órgãos públicos e serão enviadas à CGU. Toda a vida da minha emrpesa estará disponível aos órgãos de controle.
Por fim, Palocci negou qualquer possibilidade de o lucro de sua empresa ter sido usado em campanhas políticas.
- Não existe nenhum centavo que se refira a campanha política.

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