domingo, 28 de outubro de 2012

A coluna Panorama Político (28) do jornal O Globo (ILIMAR FRANCO)


28.10.2012 1h00m

Depois das eleições        
          A expectativa dos dirigentes dos partidos aliados é que a presidente Dilma realize, em breve, uma reforma ministerial, para ampliar o espaço do PMDB no governo e abrigar o PSD na Esplanada. Estes movimentos são considerados naturais para reforçar a parceria com o PMDB e para fechar as portas do PSD para flertes com os eventuais planos de vôo solo do governador Eduardo Campos.

Quando perder de 10 a 0 é melhor
Os advogados dos réus do mensalão comentam que os condenados por 10 a 0 (Valdemar Costa Neto, Roberto Jefferson e Simone Vasconcelos) têm mais chances de serem beneficiados com penas brandas, do que aqueles que tiveram sentenças por seis a quatro (José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares). Ocorre que os quatro ministros que mais absolveram (Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Dias Toffoli e Carmen Lúcia), não participam da dosimetria destas penas, fixadas só pelos ministros considerados linha dura. No caso dos que foram condenados pelo pleno inteiro, terão a seu favor a participação de todos os ministros no cálculo das penas.

“A sobrevivência está garantida. Ganhamos Aracaju (SE), Feira de Santana (BA) e Mossoró (RN)”

José Agripino

Senador (RN) e presidente nacional do DEM



Muita pompa
Cerca de dois mil convites estão sendo distribuídos país afora e no exterior para a posse do ministro Joaquim Barbosa, dia 22 de novembro, às 16h, na presidência do STF. Chama a atenção o número de convidados estrangeiros, especialmente da França e dos Estados Unidos. Somados, os convidados dos dois países são mais de 60 intelectuais.

Reprovados
A Consultoria ArkoAdvice fez levantamento sobre o desempenho de deputados federais e senadores nas eleições. Apenas 15 deputados foram eleitos e outros dez ainda podem vencer. Os derrotados: 56 deputados e os cinco senadores candidatos.

A sucessão de Henrique Alves
A tendência “Afirmação Democrática”, integrada por 18 deputados do PMDB, vai se reunir na terça-feira para decidir sobre o lançamento de um dos seus, o deputado Manuel Junior (PB), para concorrer a líder da bancada na Câmara.

O secretariado de Cachoeira
O governador Marconi Perillo (PSDB-GO) havia anunciado reforma no secretariado após o envolvimento de assessores com o bicheiro Carlos Cachoeira. Até agora, nada. Jayme Rincón, chamado na CPI, continua na Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras). Alexandre Baldy, integrante do "grupo Nextel" de Cachoeira, segue secretário de Indústria e Comércio.

Licença poética
Derrotada em Porto Alegre, a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) agora se dedica à poesia: “Matar barata/trocar a lâmpada/tocar a obra/pagar as contas/essa é a vida real/sem maçã do amor/ pérolas no colar/rosas na porta/velas no jantar”.

O pós-mensalão
Os grandes escritórios de advocacia avaliam que haverá uma exacerbação na fixação de penas nos tribunais de primeira e de segunda instâncias, sobretudo dos réus oriundos da elite, em decorrência das penas do STF para o mensalão.

O PALÁCIO DO Planalto pretende anunciar na semana de cinco de novembro os novos programas de concessões dos portos e aeroportos.

domingo, 21 de outubro de 2012


Pesquisadores de Ribeirão Preto (SP) obtêm controle do diabetes tipo 1 por meio de células-tronco 

Grupo que se submeteu aos primeiros testes conseguiu se livrar ou diminuir as aplicações de insulina
    Publicado em 21/10/2012 às 12h48
Da Agência Brasil
Getty ImagesPesquisadores recrutam voluntários com diabetes, idade a partir de 18 anos e com diagnóstico da doença há pelo menos cinco anos
Herdeiros de uma técnica idealizada pelo reumatologista Julio César Voltarelli, morto em março deste ano, estão obtendo respostas favoráveis ao controle do diabetes tipo 1, doença considerada infanto-juvenil por atacar, principalmente, a população mais jovem. Um grupo de voluntários que se submeteu aos primeiros testes conseguiu se livrar das aplicações de insulina ou, ao menos, diminuir as doses do hormônio.
O tratamento é baseado na aplicação de células-tronco. Os estudos sob a coordenação de Voltarelli, iniciados há seis anos, ganharam seguidores fora do Brasil — na Polônia e na China — e prosseguem com desdobramentos desenvolvidos por médicos do Hemocentro e do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior paulista, juntamente com especialistas dos Estados Unidos, da França e Inglaterra.
A atual coordenadora dos trabalhos, a reumatologista Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, explicou que tanto o diabetes tipo 1 quanto o 2 são caracterizados por provocar aumento no nível de glicose no sangue. O tipo 1 é menos frequente, mas também tem prevalência significativa. Quem sofre do mal têm gradual falência do pâncreas, devido à destruição das células que produzem insulina, hormônio essencial para o controle do nível de açúcar.
O tratamento tradicional é a aplicação regular de insulina, “o que afeta a qualidade de vida dessas pessoas e ainda aumenta os riscos de, no futuro, se desenvolver problemas nos rins, nos nervos e de vista”, salientou a médica. Segundo ela, quando o paciente recebe o diagnóstico da doença, normalmente, ainda tem preservados entre 20% a 30% do pâncreas. É nessa porção de vida da glândula que os pesquisadores iniciaram a busca do controle do mal, em 2004, sob a coordenação de Voltarelli, com o uso das células-tronco.
Na primeira etapa da pesquisa, encerrada em 2010, foram feitos testes em 25 voluntários. Os tratamentos consistiram na coleta e congelamento de células-tronco hematopoiéticas – percussoras dos glóbulos sanguíneos - da medula óssea. Em seguida, esses voluntários passaram por sessões de quimioterapia agressiva para destruir o restante da medula e zerar o sistema imunológico. Posteriormente, eles receberam as células-tronco congeladas para reconstituir a medula e as células sanguíneas.
“O resultado foi muito bom”, avalia a médica Maria Carolina, relatando que o nível conquistado surpreendeu a equipe. Das 25 pessoas que se submeteram ao tratamento, 21 deram respostas favoráveis. Três delas ficaram livres das aplicações de insulina e 18 voltaram a necessitar do hormônio, depois de um período de seis meses a cinco anos, mas em doses menores do que antes dos transplantes.
— Não pode se dizer que estejam curados, mas com a doença controlada.
Na segunda fase, em andamento, os pesquisadores tentam obter melhor eficácia por meio de uma quimioterapia mais forte. O que se busca é que o paciente saia, totalmente, da dependência de insulina. Até agora, somente dois voluntários se apresentaram para se submeter aos testes.
Esses estudos estão sendo feitos no Centro de Terapia Celular (CTC), um dos centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP), em interação com pesquisadores dos Estados Unidos, da França e Inglaterra.
De acordo com a coordenadora desses trabalhos, o Brasil foi pioneiro nos experimentos e, após a divulgação em artigos científicos, a mesma técnica do transplante de células-tronco foi adotada em testes na Polônia e na China.
Em pesquisa paralela, que começou em 2008, com a participação de oito pacientes diabéticos, foram feitas aplicações de células mesenquimais — que estão presentes em todo o corpo e compõem o tecido conjuntivo — retiradas de um parente do diabético. Nesse caso, a intenção foi atacar a inflamação do pâncreas pela regeneração do tecido. Porém, como a quantidade de células encontradas é insuficiente para as aplicações, parte delas é multiplicada em laboratório.
Nesses tratamentos, no entanto, metade dos pacientes — todos crianças — não obteve resultado esperado, e nos demais — todos adultos — apenas dois conseguiram reduzir a necessidade de insulina. Os pesquisadores pretendem renovar os testes com o aumento da coleta das células mesenquimais. Os interessados podem enviar e-mail para o endereço tmoautoimune@gmail.com. É necessário ter a partir de 18 anos e haver sido diagnosticado com a doença há pelo menos cinco anos.

O que você sabe sobre diabetes?

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O diabetes é uma doença crônica caracterizada pela incapacidade do pâncreas de produzir insulina, associado ou não a uma resistência ao hormônio. A afirmação é: